No Centro Cultural da Freguesia de Leça do Balio (Matosinhos), João Ferreira teve esta tarde um encontro com trabalhadores da Petrogal e da Efacec, duas empresas com valor estratégico, com trabalhadores altamente qualificados, que produzem bens indispensáveis e que estão a ser alvo de ataques que contrariam o interesse nacional - como explicou o mandatário distrital da candidatura, José António Pinto (Chalana).
De cada empresa, intervieram dois membros de estruturas representativas dos trabalhadores.
Ficou bem patente o ambiente de inquietação e descontentamento que se vive na Efacec, onde a indefinição e as medidas que suscitam preocupações quanto ao presente e futuro (pela primeira vez, ocorrem atrasos no pagamento de salários e a produção pára por falta de matéria-prima) são acompanhadas por processos disciplinares em número nunca visto, o que é encarado como mais uma forma de obter rescisões de contratos de trabalho.
A anunciada decisão de encerrar a refinaria da Petrogal aqui instalada há mais de meio século - e que tinha sido objecto de estudos para uma modernização que preservava os postos de trabalho e reduzia em 80 por cento as emissões de CO2 - foi considerada como um crime económico e social, que iria agravar a dependência energética e semear desemprego.
A situação, como comentaram alguns dos intervenientes, não será certamente desconhecida pelo actual Presidente da República.
João Ferreira expôs os seus dois objectivos, para a realização deste encontro: expressar solidariedade à luta dos trabalhadores e reafirmar que, como eles, considera que não se trata de processos encerrados, porque precisamente a luta dos trabalhadores há-de pesar muito no desfecho; e afirmar o compromisso de que esta candidatura está com aqueles que são imprescindíveis na sua visão de desenvolvimento soberano do País, os trabalhadores.
Criticando o facto de fundos europeus poderem ser usados por estas empresas para destruir capacidade produtiva e emprego, o candidato defendeu que seria devida uma palavra do actual Presidente, não se percebendo como tal ainda não aconteceu.
Também manifestou estranheza por responsáveis políticos locais serem prolixos em declarações sobre outras empresas, como a TAP, mas permanecerem em silêncio sobre os casos da Petrogal e da Efacec.