Portugal e os portugueses precisam de um Presidente da República que, cumprindo o juramento de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição, se coloque ao lado dos trabalhadores, como o faz a lei fundamental. Esta foi a ideia-chave deixada por João Ferreira ao final da tarde de segunda-feira, 18, num comício na Marinha Grande.
No dia em que se assinalaram 87 anos sobre a revolta antifascista que, na vila vidreira, assumiu um carácter insurreccional, o candidato à presidência da República reclamou a herança dos heróis de 1934.
Antes, já Jerónimo de Sousa havia sublinhado que «esta é a candidatura dos que se reconhecem e se sentem herdeiros daqueles que durante décadas estiveram na linha da frente dos combates pela liberdade e pela democracia». Realçou, além do mais, que «foi com as lutas como as de 1934 que se lançaram as sementes do futuro que haveriam de germinar e conduzir à conquista da liberdade e da democracia pelo nosso povo».
Por isso, a intervenção de João Ferreira deixou bem claro o se vínculo com aquela gesta memorável, cujo exemplo perdura entre os que prosseguem a defesa do trabalho e dos trabalhadores, e reivindicou, a propósito, ser a sua candidatura a mais consequente para que o Presidente da República intervenha na observação dos preceitos da lei fundamental sobre a matéria, que não é neutra, pelo contrário, coloca-se ao lado da parte mais fraca das relações laborais.
No comício, propositadamente apresentado por um operário vidreiro e que terminou com outro operário vidreiro, de outra geração, a oferecer peças únicas feitas em vidro ao candidato e ao Secretário-geral do PCP, João Ferreira recebeu, das mãos de Isabel Camarinha, Secretária-geral da CGTP-IN, o apoio de 1565 membros de Organizações Representativas de Trabalhadores.
Representantes dos «imprescindíveis», assim os classificou João Ferreira, que considerou que, por o serem e se encontrarem confrontados com uma ofensiva anti-laboral agravada, merecem um Presidente da República que lhes dedique os primeiros e melhores afectos.
Na iniciativa, da qual João Ferreira partiu para um encontro com trabalhadores e pequenos empresários da restauração na Nazaré, intervieram ainda as mandatárias da candidatura na Marinha Grande, Etelvina Ribeiro, e no distrito de Leiria, Anabela Batista.