Esta tarde João Ferreira esteve numa sessão pública dedicada à situação da Ciência e do Ensino Superior
Neste quadro tão complexo, é impossível passar ao lado das consequências que um progressivo deslocamento para um modelo de Ensino à distância terá na qualidade do processo de ensino/aprendizagem, no emprego e nos direitos dos docentes e estudantes, na organização da vida familiar de todos, e até na vida das organizações representativas dos trabalhadores das instituições. Por isso, o cumprimento da Constituição - que consagra que todos os níveis de ensino devem ser públicos, gratuitos e de qualidade para todos - é decisivo: cabe ao Estado garantir que, em segurança, docentes, investigadores e alunos podem usufruir daquilo a que têm direito, sendo tomadas todas as medidas necessárias para que ninguém se veja excluído ou diminuído no seu exercício.
É também fundamental que se assuma a Ciência como uma verdadeira alavanca de progresso, que promova a valorização do trabalho e dos trabalhadores; que dinamize o Sistema Científico e Tecnológico Nacional; que enriqueça o património cultural e artístico do País. A investigação científica em Portugal precisa que os nossos investigadores encontrem uma perspectiva de carreira sólida e estável no nosso país, e isso passa pela contratação de doutorados e pela revisão do estatuto dos bolseiros de investigação científica, cujas bolsas deviam ser transformadas em contratos