João Ferreira esteve esta sexta-feira, 15, na Península de Setúbal, região de enormes potencialidades, onde defendeu um conjunto de propostas e projectos que considerou estruturais e cuja concretização, correspondendo às expectativas da população e das autarquias, dará resposta a alguns dos principais problemas que ao longo das últimas quatro décadas, por força das opções de sucessivos governos, se têm constituído como entraves ao desenvolvimento.
Entre esses vários projectos, pelos quais se têm batido autarquias, associações, sindicatos e os partidos que apoiam a sua candidatura, o candidato destacou a construção de um novo aeroporto de Lisboa no campo de tiro de Alcochete, a criação do Pólo Logístico do Poceirão, a melhoria e desenvolvimento da rede de transportes públicos na península e na área metropolitana, e a Terceira Travessia do Tejo, com a ponte rodo-ferroviária Barreiro – Chelas.
No entender de João Ferreira, que falava ao fim da tarde numa sessão realizada na União Desportiva e Cultural da Baixa da Banheira, concelho da Moita, perante uma plateia de 60 pessoas distribuída pelo amplo pavilhão no estrito respeito pelas normas sanitárias -, todos aqueles projectos e questões assumem um papel verdadeiramente estruturante para o desenvolvimento económico e social da Península de Setúbal. E por serem «desígnios constitucionais», com «um amplo apoio social», João Ferreira - que mostrou conhecer bem a realidade de toda a região e seus constrangimentos -, realçou o facto de estarem presentes «nas linhas de força» da sua candidatura, asseverando que como Presidente da República a todas elas «daria atenção» e «agiria dentro dos poderes» que lhe estão «constitucionalmente atribuídos para que tivessem resposta por parte do poder executivo».
João Ferreira, que ouviu palavras de forte apoio e incentivo à sua candidatura pelos oradores que o antecederam (João Pedro Figueiredo, seu mandatário concelhio e que dirigiu a sessão, Rui Garcia, presidente da Câmara da Moita, Pedro Canário, mandatário no Barreiro, e Nuno Cavaco, presente da União de Freguesias Baixa da Banheira e Vale da Amoreira), antes de terminar a sua intervenção, pronunciou-se ainda sobre o que apelidou de «manifestações de ódio, insultos grosseiros, desbragados, má educação» protagonizados durante a campanha pelo candidato da extrema-direita.
«Desengane-se quem pensar que este ódio e que estes insultos são dirigidos contra mim ou contra qualquer outro candidato ou candidata. O destinatário deste ódio e destes insultos está aqui», sublinhou, erguendo braço e exibindo uma edição em livro da Constituição da República Portuguesa, que acabara de tirar do bolso do casaco, sob fortíssimos aplausos dos presentes.
«É a Constituição da República, é o projecto de um País que está por cumprir, mas que está nas páginas da Constituição, onde há o direito ao trabalho, à saúde, à segurança social, à educação, à cultura, ao ambiente, o direito ao desenvolvimento, é isso que eles odeiam, é isso que querem combater», alertou, deixando clara a sua determinação em tudo fazer para que esse «Portugal que está por cumprir se torne realidade».
E mesmo a concluir, depois de sublinhar ser essa atitude que «faz desta candidatura o amplo espaço de convergência que tem demonstrado ser», congratulou-se com o facto de ela estar a «crescer a cada dia», de serem «cada vez mais aqueles que percorrem este caminho, com coragem e confiança, afirmando um horizonte de esperança na vida deste País».