Neste encontro com a CGTP-IN foram abordadas realidades que são parte da vida de milhões de trabalhadores em Portugal: os baixos salários, a precariedade laboral, a desregulação dos horários de trabalho e as dificuldades de conciliação da vida profissional com a vida familiar, as restrições à actividade sindical, as dificuldades de acesso a serviços públicos de qualidade.
É perante este quadro, agravado pelas consequências da epidemia e pelos aproveitamentos que dela são feitos, que se torna imprescindível uma intervenção do Presidente da República diferente da actual, visivelmente marcada pela ausência, pela indiferença, pela insensibilidade perante a situação destes milhões de portugueses.
Uma intervenção que inscreva a valorização do trabalho e dos trabalhadores no cerne das preocupações e da intervenção do Presidente da República. Que transporte consigo um sentimento de identificação com as dificuldades de cada um dos atingidos por estes problemas, a par de um sentimento de superação, de que é possível dar ao trabalho e aos trabalhadores a centralidade devida - elemento crucial de valorização e de defesa do regime democrático.